Primeira vacina contra a malária recebe 'sinal verde' Medicamento já foi aprovado pela Agência Europeia de Medicamentos
O uso da primeira vacina contra a malária do mundo tem sido recomendado na África por cientistas, representando um importante passo em direção ao combate da doença. A expectativa é que a Mosquiriz, desenvolvida pela companhia farmacêutica multinacional britânica GlaxoSmithKline e a Fundação Melinda Gates, possa ajudar a evitar cerca de meio milhão de mortes por malária a cada ano.
Embora cada dose da vacina custe cerca de US$ 5 e já tenha sido aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos, ainda precisa da aprovação de autoridades de saúde africanas. A Organização Mundial de Saúde também precisa avaliar se recomenda o uso da droga para as crianças.
A vacina provoca uma resposta imunitária no corpo, após a introdução do vírus por um mosquito. O mecanismo seria capaz de evitar que a doença se espalhasse pelo fígado da vítima, causando infecções, febre, dores e até a morte.
Mais de 198 milhões de pessoas na África sub-saariana foram afetadas pela doença só em 2013 e 80% das vítimas fatais são crianças menores de cinco anos.
Enquanto cientistas do projeto estão otimistas, estudos anteriores mostraram resultados contraditórios: dados de uma pesquisa feita entre 2011 e 2012 indicaram apenas a redução da doença apenas entre bebês de 6 a 12 semanas, embora as taxas também tenham melhorado entre crianças de 5 a 17 meses.
A vacina, que custou cerca de US$ 300 milhões, não garante uma resposta completa à malária - mas os cientistas esperam que forneça uma "contribuição significativa" para a luta contra a doença mortal.
O cientista da GSK Joe Cohen, que lidera o desenvolvimento da Mosquirix desde 1987, disse que não tinha reservas sobre a droga, dizendo que teria um efeito "tremendo" na luta contra a malária.
- Isso vai ter um impacto extremamente significativo para a saúde pública - disse à "Sky News".